Como Escrever: Nesse mundo nada se cria, tudo se copia.
Essa frase, já bem conhecida, é tema desse meu post sobre como escrever. Como criar um conteúdo 100% original? Na verdade, é possível criar tal conteúdo, sendo que nossa criatividade e imaginação estão fortemente ligadas a nossa experiência? Minha resposta é simples… Não.
O conteúdo original muitas vezes é confundido. A exemplo a série Lost, é original? Não. Pessoas em uma ilha deserta não é original. Empresas fazendo experimentos científicos é original? Também não. Mas o que torna Lost tão irrestivelmente “original”? O modo como é mostrado. Veja bem, ele liga você a um mistério enquanto mostra todos os personagens, para que você se identifique com eles, e nesse processo, sinta a necessidade de terminar de assistir a série. Como li certa vez um comentário sobre Lost, existe duas pessoas que assistem até o final, os curiosos (que devem ter se decepcionado no final) e os que se ligaram demais aos personagens.
Outro exemplo, o filme Avatar. NADA nele é original. A historia parece Pocahontas, os Navi parecem Thundercats, as maquinas lembram as de Alien vs Predador (principalmente as dos jogos) . Mas Avatar é um filme ruim? Não, é um ótimo filme, forte, envolvente e tocante.
O que faz a historia ser boa ou ruim não é o fato dela ser original, mas como ela é feita. Você ao escrever pode querer criar uma historia totalmente original, com criaturas, pessoas, monstros ou seja lá o que for, todos saídos só da sua imaginação, mas a originalidade falha na hora que você usa o que conhece para cria-los.
Atualmente temos que esquecer essa ideia “Ah, você esta copiando de tal lugar” e aprender que um detetive sempre poderá ser comparado a Sherlock Homes, que um soldado fortão sempre vai lembrar o Rambo e por ai em diante, porque o leitor tem essas imagens na cabeça de arquétipos de determinados tipos de personagens, que serão usados quando ele ler sua obra.
Algumas pessoas podem ler meu livro Personificae e compara-lo a Sandman (quem dera, tem nada haver, huhuhu) ou o novo que estou escrevendo e compara-lo a Mago A Ascenção (que também não tem muito haver, huhuhu).
Ao ler um livro, não procuro mais originalidade, mas procuro algo que me acrescente alguma coisa e que me de prazer ao lê-lo. Para que mais original que O Guia do Mochileiro das Galáxias? Aquele livro é totalmente bizarro e aleatório, em envolve ao ponto de eu ter a coleção completa, mas temos de lembrar de Jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas.
Ao escrever você tem que pensar a mesma coisa, esqueça regras, originalidade, tudo. Pense no leitor, pense em como ele se sentiria ao ler sobre seu vampiro que brilha no sol ou aquele que sai picotando os outros com uma espada. Pense no que você quer passar, na ideia, nas sensações. Escrever não é só largar palavras em um papel e chamar de história, mas é uma arte na qual você envolve seu leitor de tal forma que ele sinta vontade de terminar sua obra, que ele consiga sentir o que você quis que ele sentisse.
Existem tabus até mesmo na hora de escrevermos, nosso critico interior já grita “Você não está sendo original.”
Esqueça a originalidade, vampiros são legais do jeito que são, lobisomens, fadas e magos também. Deuses e suas mitologias, monstros e aliens… Guerreiros, samurais… Crie, invente, lute pela historia que se esforça para ser contada por você, mas não deixe que a “originalidade” te empeça de continuar.